"...se ela estivesse mais perto, ocuparia metade do céu!...
Depois de tanta chuva, uma sequência de noites abertas com atmosfera estável e sem nenhuma umidade nos primeiros dias de janeiro, praticamente “quebrou” o verão e expôs vários objetos celestiais que normalmente ficam ocultos atrás de espessas camadas de nuvens carregadas de umidade nesta época do ano, com sol de manhã, nuvens de tarde, pancada de chuva e invariavelmente céu fechado noite após noite. E de repente, uma janela se abriu por várias noites seguidas e o observatório finalmente pode ser aberto.
A Nebulosa da Tarântula é uma gigante região formadora de novas estrelas com mais de mil anos-luz de diâmetro, na galáxia satélite, a Grande Nuvem de Magalhães, distante 180 mil anos luz. É a maior e mais violenta região formadora de estrelas em todo Grupo Local de galáxias e a aranha cósmica pode ser apreciada nestas imagens compostas com filtros de banda estreita centrados na emissão dos átomos ionizados de hidrogênio e oxigênio, banda larga e P&B. Dentro da Tarântula, NGC 2070, radiação intensa, ventos estelares e ondas de choque de supernovas do jovem aglomerado central de estrelas massivas, catalogado como R136, energizam o brilho nebular e formam os filamentos aracnídeos. À volta da Tarântula, outros berçários com aglomerados de jovens estrelas, filamentos e nuvens em formato de bolhas sopradas. Uma das grandes joias astronômicas do hemisfério sul, na constelação Dorado, se ela estivesse mais perto, digamos distante 1.500 anos-luz, tal qual a Nebulosa de Orion, ela ocuparia metade do céu!
TARANTULA refrator + D500 + H-ALPHA 8x8min
iso1600 10Jan19
TARANTULA refletor + D650 +OIII mix manual 1x8min + 2x10min 08Jan19
TARANTULA refrator + D500 +DSF 6x8min iso1600 09Jan19
TARANTULA refletor P&B 6x8min iso800 11Jan19
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